quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Alberto Youssef começa a vomitar

Doleiro Alberto Youssef: lavagem de 10 bilhões de reais

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O doleiro Alberto Youssef, envolvido na lavagem de dinheiro no escândalo da Petrobras, imaginou que passaria um bom tempo na cadeia considerando a situação de Marcos Valério, o executor do mensalão do Lula, que protegeu o líder da quadrilha - ou foi ameaçado de morte - e levou mais de 40 anos de prisão.

Diferente de Valério e pressionado pela família, Alberto Youssef começou a prestar depoimento para contar tudo ao Ministério Público em troca da redução de pena num acordo de delação premiada. Mas sua decisão só ocorreu depois que outros quatro réus da Operação Lava Jato preferiram colaborar com a justiça, entre eles Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras indicado pelo PT e que operou o esquema de roubo entre 2004 e 2012, na época do presidente Lula e da atual, Dilma Roussef.

Cinicamente Dilma disse que "desconhecia" sobre o desvio de vários bilhões de reais dentro da Petrobras onde ela foi presidente do Conselho de Administração, Ministra das Minas e Energia e presidente do país, a mesma lenga lenga do seu guru político, Luis Inácio da Silva, hoje com câncer. 

O doleiro é acusado da lavagem de R$ 10 bilhões que beneficiaram o PT, PMDB, PP e o próprio governo federal com envolvimento de ministros e o uso do dinheiro, segundo se relata foi subornar políticos. Seis procuradores que participam da força-tarefa criada pela Procuradoria Geral da República acompanham o depoimento do doleiro.

Alberto Youssef começou a vomitar. Nesse vômito nadam deputados, senadores, ministros, Lula e Dilma, seguramente.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cenas de cinismo explícito

Por Clovis Rossi, 11.09.2014

É de ilimitada desfaçatez a campanha de Dilma Rousseff contra a proposta de autonomia do Banco Central, lançada por sua principal adversária, Marina Silva. Desfaçatez porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do qual Dilma foi gerente e ao qual deve sua eleição, fez até mais do que Marina está propondo, conforme já mencionaram tanto Fernando Rodrigues como Vinicius Torres Freire.

Primeiro, Lula fez o que Dilma diz que Marina fará: entregou o BC aos banqueiros, ao indicar um deles, Henrique de Campos Meirelles, para comandar a instituição, posto que exerceu durante todos os oito anos do governo anterior.

Segundo, Lula deu à presidência do BC o status de ministério, ou seja, tirou-o da subordinação ao Ministério da Fazenda. O ministro não podia mais, portanto, dar ordens a Meirelles, cujos instintos são indiscutivelmente pró-mercado (basta ler seus artigos dominicais nesta mesma Folha).

Terceiro, Lula aceitou que Meirelles comandasse na prática a política econômica, ao ser ele quem fixava pelo menos dois dos preços essenciais de qualquer economia, o do dinheiro (juros) e o do câmbio.

Se é verdade que aumentar juros é fazer o jogo dos banqueiros, como insinua a propaganda de Dilma, então Meirelles jogou o jogo, no governo de que ela era gerente. Quando assumiu, Meirelles elevou os juros já obscenamente altos (25%) para 26,5%. Cruzei com ele em Davos e perguntei como convencera Lula a aceitar. Meirelles contou que dissera ao presidente que, no Brasil, sempre que a inflação chega a dois dígitos dispara. Não chega a ser ciência, mas bastava para dobrar o presidente. Quem não se lembra da inglória cruzada do então vice-presidente José Alencar contra os juros altos? Perdeu sempre.

Lembro-me também de uma vez em que os juros subiram e eu pedi a opinião de Luiz Fernando Furlan, industrial então vestido de ministro (da Indústria, Comércio e Desenvolvimento). Respondeu Furlan: Meirelles fez o que o mercado queria.

O pior, para a tese de Dilma, é que o desempenho da economia na gestão Meirelles, egresso do setor financeiro, foi imensamente melhor do que no período de um BC comandado por um funcionário de carreira, como Alexandre Tombini: o crescimento foi muito maior, a inflação raramente namorou o teto da meta, houve exuberante criação de emprego e a renda salarial cresceu.

Daria, portanto, para dizer que entregar o BC ao mercado financeiro dá mais resultados que reservá-lo para funcionários do governo. Não vou, no entanto, repetir Dilma e cair nesse simplismo. Dar autonomia ao BC é entregar a funcionários não eleitos e, portanto, que não respondem ao público por seus atos o que é de responsabilidade dos eleitos.

Mas Dilma é a última pessoa a ter autoridade política para atacar a autonomia, até porque ela, como seus dois antecessores, dedica à bolsa-juros a maior fatia relativa do orçamento, o que só os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) têm a coragem de dizer nos debates.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O cinismo de Dilma no editorial do Estadão


OPINIÃO
O atirador da presidente

O ESTADO DE SÃO PAULO - 17.09.2014

Causando estragos a torto e a direito na campanha presidencial, a entrada em cena de Marina Silva como candidata do PSB e a sua imediata disparada nas pesquisas de intenção de voto reduziram as chances do tucano Aécio Neves de ser o contendor da presidente Dilma Rousseff no segundo turno e fizeram descarrilar a estratégia petista de campanha.

Tendo se preparado, antes da tragédia que matou o pernambucano Eduardo Campos, para soltar os cachorros em cima do senador mineiro - tornando a enveredar pelo caminho seguido pelo partido em 2006 contra Geraldo Alckmin e em 2010 contra José Serra -, o comando da operação Dilma+4 trabalhava, não obstante, com a hipótese realista de que, na segunda volta, ele aglutinaria com força total o sentimento de rejeição à herdeira de Lula, agravado pela convicção de que, ao cabo de 12 anos, o PT no poder já deu o que tinha para dar.

Com o quadro eleitoral de ponta-cabeça, os condutores da campanha dilmista parecem ter chegado à conclusão de que só lhes restava uma alternativa para enfrentar a reviravolta - transformar desde logo a disputa em um segundo turno.

A nova tática solaparia os ganhos obtidos por Marina, a ponto de fazê-la perder a parada de 5 de outubro, com o que ela começaria debilitada o embate para o verdadeiro tira-teima de três semanas adiante, depois de lhe terem servido o pão que o diabo amassou.

Na prática, a mudança significaria duas coisas - ou duas faces de uma coisa só: antecipar tanto o início da "campanha negativa", a temporada de agressões à rival, como a subida aos palanques, dia sim, o outro também, do ex-presidente patrono de Dilma. Com a esperteza adicional de que ele e não mais a sua afilhada é quem apertaria o gatilho para "desconstruir" a imagem de Marina.

Uma segunda novidade reforçaria o plano de não deixar para amanhã as baixarias que podem ser cometidas hoje. Trata-se das revelações atribuídas ao ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, nos depoimentos que tinha se oferecido a dar ao Ministério Público e à Polícia Federal (PF) para ver reduzidas ou anuladas as penas a que está sujeito pelos crimes cometidos na estatal, em conexão com o tráfico de divisas do cambista seu parceiro Alberto Youssef. A sociedade foi desbaratada pela Operação Lava Jato, da PF. Na sequência de suas "delações premiadas", Costa teria citado mais de 30 beneficiários do esquema, entre eles o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o do Senado, Renan Calheiros, e pencas de outros políticos também alinhados com Dilma. Ela sentiu o golpe e perdeu o prumo. Tentando abrigar-se da tormenta, alegou, em um assomo de cinismo, que "não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da empresa".

Mais uma missão para Lula. Secar o escândalo torrencial, fazendo um cavalo de batalha com o fato de o programa de Marina citar somente uma vez o pré-sal, enquanto valoriza outras fontes de energia. (Nas imagens da propaganda dilmista, a posição da adversária literalmente tira a comida da mesa dos brasileiros.) E eis que anteontem o ex-presidente, enfiado em um macacão laranja da Petrobrás, comandou um ato de campanha travestido de manifestação sindicalista de solidariedade à empresa, diante da sua sede no centro do Rio. O palanqueiro se desdobrou. Ora equiparou as denúncias de corrupção na estatal a um "erro qualquer", ora disse que a CPI da Petrobrás serve para "achacar empresários", ora ainda se pôs a dar lições a Marina. Ela deveria proibir os seus economistas de falar, porque "um fala mais bobagem que o outro", e deveria saber que "se tem cargo que você não pode terceirizar é o de presidente da República".

A tarefa de fazer terrorismo eleitoral ele terceirizou para um veterano da violência, o líder do MST, João Pedro Stédile, de quem Dilma mantém prudente distância. O ferrabrás ameaçou infernizar um eventual governo da ex-ministra que amalgamava a causa ecológica com a dos sem-terra. "A dona Marina que invente de colocar a mão na Petrobrás", trovejou, "que voltaremos aqui todos os dias." Resta ver se a ideia de pôr Lula a bater já agora na candidata não se voltará contra Dilma quando ela mais precisará de eleitores.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A educação "grátis" em Cuba

De gratuidades e escolas
Posted on Setembro 15, 2014 by H. Sisley
YOANI SÁNCHEZ, 12/09/2014
Estudiantes de primaria. (14ymedio)
O sinal do turno da manhã tocou e os meninos foram para a aula, seguidos por seus pais. O primeiro dia de aulas acaba com a alegria e alguns deixam umas lagriminhas caírem porque sentem saudades das suas casas. Isso aconteceu com a Carla que está iniciando o pré-escolar numa escola do Cerro. A menina teve sorte porque lhe coube uma professora que ensina a muitos anos no primário e domina bem o conteúdo que transmite. “Que sorte!”, pensaram os familiares da pequena imediatamente antes que outra mãe lhes advertisse: “porém cuidado com a professora que exige um pedaço da merenda que cada estudante traz de casa”.

Na tarde daquele 1 de setembro teve lugar a primeira reunião de pais. Depois das apresentações e das palavras de boas vindas, a professora enumerou tudo que fazia falta para comprar em aula. “Há que se coletar dinheiro para um ventilador”, disse sem ruborizar. Carla já havia sofrido com o calor da manhã, desse modo a mãe entregou os 3 CUC que lhe correspondia para que sua filha tivesse um pouco de frescor enquanto estudasse. “Também precisamos comprar uma escova e um esfregão para a limpeza, três lâmpadas de luz fria e um cesto de lixo”, enfatizou a auxiliar pedagógica.

A lista de pedidos e necessidades somou-se um desinfetante para o banheiro “porque não há quem suporte o cheiro”, assegurou a própria educadora. A cifra dos gastos começou a crescer e teve-se que juntar um cadeado porque “senão nos roubam as coisas quando não há ninguém na escola”. Para pintar o quadro negro um pai ofereceu um pouco de tinta verde e outro se comprometeu em consertar as dobradiças da porta que estava caída ao lado. “Recomendo-lhes que comprem a agenda dos meninos na rua, porque as que vieram neste ano são de um material de cebola que rasga ao se apagar”, acrescentou a mestra.

Ao terminar a reunião a família de Carla já contabilizava uns 250 pesos cubanos em gastos para apoiarem o ensino da menina, a metade do salário mensal do pai, que é engenheiro químico. Então a diretora da escola entrou na reunião e rebateu: “se alguém conhece um carpinteiro e quiser contratá-lo para que conserte a mesa do seu filho, pode fazê-lo”.

Tradução por Humberto Sisley 

domingo, 14 de setembro de 2014

Cuba e as mentiras oficiais de uma ditadura comunista

A dengue e as mentiras para meninos

Posted on Agosto 20, 2014 by H. Sisley
YOANI SÁNCHEZ, La Habana | 20/08/2014


Explicar a morte a um menino é sempre uma tarefa difícil. Alguns pais se servem da metáfora e outros da mentira. Os adultos justificam o falecimento de alguém para as crianças com frases que vão desde “foi para o céu viver numa nuvem” até a mentira de que “está viajando”. O pior acontece quando essas invenções transcendem a família e se convertem numa política informativa de um Estado. Falsificar a real incidência da morte para uma população é tirar-lhe a maturidade e negar-lhe seu direito a transparência.

Em 1981 uma epidemia de dengue hemorrágico irrompeu em Cuba. Eu tinha seis anos apenas, mas aquela situação me deixou traumas profundos. Primeiro nos comunicaram na escola que a doença havia sido introduzida pelo “imperialismo ianque”. O Tio Sam dos meus pesadelos infantis já não nos ameaçava com uma arma, porém portava um enorme Aedes Aegypti disposto a nos contagiar da febre quebra-ossos. Meus familiares entraram em pânico quando começaram a saber dos meninos mortos. O corpo de guarda do Hospital Pediátrico de Centro Havana era uma efervescência de gritos e prantos. Minha mãe perguntava-me se doía alguma coisa a cada momento, e sua mão sobre minha testa comprovava que eu não tinha febre.

Não havia informação, só sussurros e medo, muito medo. Não se falar publicamente da verdadeira origem daquele mal, a população apenas se protegeu. Na minha escola primária continuávamos correndo para o abrigo – sob o Ministério da Indústria Básica – ante o “iminente ataque militar” que chegaria do Norte. Entretanto um pequeno e sorrateiro inimigo fazia estragos entre gente da minha idade. Aquela mentira não tardou a ser evidenciada. Década depois o dengue voltou, ainda que me atreva a dizer que nunca se foi e que em todos estes anos as autoridades sanitárias tentaram escondê-lo.

Agora já não há em quem lançar a culpa, não fosse pela deterioração higiênica que nosso país vive. Não é o Pentágono, mas sim os milhares de kilômetros, que existem por toda a Ilha, de tubulações danificadas e com vazamentos. Não é a CIA, mas sim a ineficiência de um sistema que não conseguiu sequer construir novas redes de drenagem e sistema de esgoto. A responsabilidade não aponta para o exterior, porém indica-nos. Nenhum laboratório criou este vírus para aniquilar os cubanos, o nosso próprio colapso material e sanitário é que nos impede de controlá-lo.

Ao menos já não funciona aquele conto para meninos ingênuos aonde os males chegavam de fora. A mentira que nos mostrava como vítimas inoculadas pela perfídia americana é aceita apenas pelos mais ingênuos. Como meninos que crescem e têm comprovado que o Governo nos mentiu sobre o dengue e que aquelas não eram falsidades paternalistas, mas sim sofisticadas mentiras de Estado.

Tradução por Humberto Sisley

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O escândalo da Petrobras

Escândalo na Petrobras: a presidente disse
que "não sabia".
Palpos de aranha

Por Merval Pereira, O Globo

As duas candidatas que disputam a liderança da corrida presidencial estão em palpos de aranha com os problemas internos de suas campanhas. Marina não tem como explicar a contabilidade do PSB anterior à sua assunção como candidata, mas também não pode lavar as mãos como se nada tivesse com isso. O avião fantasma que não tem dono e a contabilidade paralela da usina Abreu e Lima em Pernambuco, pela qual o falecido ex-governador Eduardo Campos está incluído na lista dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras, são temas delicados que ela tenta driblar com alguns constrangimentos óbvios.

Também a presidente Dilma é obrigada a dizer que nunca notou nada de anormal nas contas da Petrobras, passando recibo de má gestora, sem poder assumir as ações que tomou para tentar estancar a sangria na estatal. Ela garantiu recentemente que “as sangrias foram contidas”, embora oficialmente não saiba de nada.

A disputa entre o grupo da presidente Graça Foster, nomeada por Dilma para justamente tentar controlar o esquema que dominava a Petrobras, e o do ex-presidente José Gabrielli, responsável pela atuação do ex-diretor Paulo Roberto Costa, é conhecida de todos, mas Dilma não pode admitir que seu padrinho Lula, que chamava de Paulinho o ex-diretor hoje preso, dava apoio político ao velho esquema da Petrobras. Paulinho disse ao juiz Sérgio Moro que teve várias conversas com Lula.

Das duas, porém, Dilma tem culpa formal pela demora das providências, apesar dos constrangimentos partidários que a tolhiam.

Ficou com Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras durante um bom tempo, e só protestou contra a compra da refinaria de Pasadena nos EUA depois de anos da negociata feita, tendo inclusive preservado o diretor responsável, Nestor Cerveró. Marina não tem nada a ver com eventuais malfeitos anteriores à sua chegada no PSB.

O 2º turno mais longo dos últimos anos, como definiu o ex-presidente Lula, já está em curso, com a disputa polarizada entre Dilma e Marina, e as novas pesquisas que estão saindo confirmam uma reação da presidente, ao mesmo tempo em que Marina se mantém competitiva, apesar do bombardeio a que está sendo submetida.

A agressão verbal de que foi vítima ontem, com Dilma insinuando que Marina é sustentada por banqueiros, numa referência a Neca Setúbal, herdeira do Itaú, é exemplo dessa estratégia petista, confirmando que Dilma é capaz de “fazer o diabo” para se reeleger.

Não se sabe a essa altura como o 2º turno se desenrolará, mas Marina mantém uma vantagem numérica que tende a se reduzir à medida que a saraivada de golpes, alguns abaixo da linha da cintura, sucede-se.

Tudo indica que será uma disputa acirrada, com Dilma mobilizando toda a máquina partidária, e a máquina do governo também, para combater Marina, a adversária presumida no 2º turno.

Sua campanha já descartou a possibilidade de Aécio Neves do PSDB recuperar sua posição na corrida presidencial, e tudo que não querem é que ele apoie Marina ainda no 1º turno. Temem que essa ação possa criar um ambiente favorável ao voto útil em Marina, levando-a a uma vitória já no primeiro turno.

Não parece ser um movimento estratégico inteligente por parte de Aécio, que tem atrás de si um partido que pode ganhar diversos governos estaduais e precisa fazer uma bancada no Congresso que o coloque no jogo partidário.

Além do mais, o senador Aécio precisa necessariamente vencer a eleição para o governo de Minas, elegendo seu candidato Pimenta da Veiga, e passando à frente de Dilma e Marina na disputa presidencial.

A campanha de Dilma pretende, com o ataque a Marina sendo a sua tônica, debilitar a adversária para que chegue ao 2º turno enfraquecida. Em parte estão tendo sucesso, pois Marina, atacada sem dó nem piedade tanto por Dilma quanto por Aécio, parou de crescer.

Para Marina, o que importa é chegar ao 2º turno, para reagrupar suas forças numa nova campanha que a colocará em igualdade de condições na propaganda eleitoral com Dilma. Se o voto útil ainda lhe der fôlego de sobra para aumentar sua votação no primeiro turno, tirando votos do candidato Aécio Neves, melhor ainda.

O PSDB ainda mantém esperanças de alterar o quadro, que parece cristalizado, com as revelações dos escândalos da Petrobras e a situação da economia, que a cada dia se deteriora mais, a ponto de a agência de classificação Moodys ter sinalizado com a redução da nota brasileira. Não é um tema de apelo popular, mas demonstra que a economia brasileira não vai bem.

(Da coluna do Noblat)